Monday, July 2, 2007


O meu amor, quando vê que estás triste,
Chora a dor de não socorrer o teu.
Chora mais que o teu amor... Não resiste:
Derrama-se em cristais, sem qualquer véu,



Pois chora a dor do amor que não desiste
De querer teu amor querendo o meu;
Chora a dor de não curar o que persiste:
O amor que te matou e não morreu.



Meu amor, que só te amou, ainda vive.
Como vive, meu amor, o teu penar;
Como se pode viver, desse tema.



Amando sem qualquer razão de amar,
Vivendo por viver, nesse declive,
Vive-se triste, a descompor poema.

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