Wednesday, July 18, 2007


Boneca de Porcelana
Um pouco selvagem
Quando a paixão a consome.
Sorriso sensual, olhar penetrante.

Boneca de porcelana
Carinhosa, doce e frágil,
Espreguiça-se, vezes sem conta
Na cama, antes de se levantar.

Boneca de porcelana,
Entre lençóis de cetim.
Espreguiça-se e chama
Vezes sem conta, e ama.
Boneca de porcelana.
Cada vez que se a olha
Podemos senti-la suplicar:
- Depressa, não percas tempo,
Vem para os meus belos encantos.
Meiga, mas também traiçoeira,
Como as felinas selvagens.
Amável, querida e gostososa,
Tão ardente e voluptuosa!

Boneca de porcelana.
Até os deuses adormecidos,
Ao seu convite para amar
São capazes de acordar.
Amor que faz com requinte
No consolo de cada segundo,
Goza, cada carícia feita
Na sua delicada pele,
Meigos e suaves toques
De uns dedos experimentados
Que nem pouco deixam rastos
Das suas de impressões digitais,
Ouve-se o êxtase dos gritos e gemidos,
De um corpo em estado de choque,
De consecutivas contracções.

Boneca de porcelana.
Os seus lábios, levam fogo
Até ao limite do incontrolável.
(Será que existe esse limite?)
Vulcão, em constante erupção,
Contorcendo-se em espasmos sucessivos
De tantos prazeres loucos.
De uma paixão que vive selvagem
Numa selva de leito encanto
Feita de plantas de algodão
Onde o alimento é o desejo latente
Em cada canto do teu quarto.




Monday, July 9, 2007



Que mal há em querer bem ?
Uma vontade espontânea de a ter ?
E esperar a mesma medida de volta ?
São assim nossas emoções mais simples,
Elevam-nos...mostra que somos humanos.
Uma onda de sentimentos nobres,
Saem de nossos corações e fazem-nos homem e mulher.
Amanhece...anoitece e a vida continua,
Mas pode ser que, de repente, a vida muda.
Até o improvável pode acontecer. E foi isso...
Num dia qualquer que já não me lembro,
Havia até mesmo desistido, quando a vi.
Ela estava ali, olhando-me, querendo-me.
Calma e sorridente.
Elegante e simples.
Rainha e mulher comum.
Extremamente sofisticada, porém...
Simples.

Seus cabelos deslizavam sobre seu busto.
Estonteantemente maravilhosa.
Jamais imaginei encontrá-la novamente.
Até então de mim se escondia.
Mas isso não importa - você está aqui.

Sonho do qual não quero acordar!
Estrela de cada anoitecer meu.
Manhãs de sóis radiantes.
Por tudo isso e muito mais...
Reinas no meu mundo como uma princesa.
Eternamente namorada.

Linda, exuberante e maravilhosa.
Irresistivelmente apaixonante.
Nada pode ser comparada à sua beleza.
Desejo, ainda, conhecer...
Outras belezas suas - as interiores que são insubstituíveis.
Sim, isso poderá acontecer.




Monday, July 2, 2007


O meu amor, quando vê que estás triste,
Chora a dor de não socorrer o teu.
Chora mais que o teu amor... Não resiste:
Derrama-se em cristais, sem qualquer véu,



Pois chora a dor do amor que não desiste
De querer teu amor querendo o meu;
Chora a dor de não curar o que persiste:
O amor que te matou e não morreu.



Meu amor, que só te amou, ainda vive.
Como vive, meu amor, o teu penar;
Como se pode viver, desse tema.



Amando sem qualquer razão de amar,
Vivendo por viver, nesse declive,
Vive-se triste, a descompor poema.